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Ex-Palmeiras e Grêmio, Leandro relembra passagem por seleção e exalta momento no Japão: "Dei a volta por cima"



Leandro despontou no futebol brasileiro como uma promessa de peso. Revelado no Grêmio, artilheiro no Palmeiras, chegou à Seleção aos 21 anos, mas não conseguiu manter o alto nível. Há 3 anos no Japão, tenta a volta por cima na carreira e se consolidar no país.

Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, Leandro relembrou seu início de carreira, abriu um pouco de sua vida no Japão e fugiu de projeções de carreira a longo prazo.


Vida e carreira no Japão
O Japão vive momento conturbado em relação à pandemia do coronavírus. A situação já esteve mais controlada, quando os treinos e jogos de futebol estavam mantidos e com previsão de retorno da temporada no início de maio. Porém, o número de casos no país começou a aumentar novamente e o futebol foi diretamente impactado.

"Estamos todos nos cuidando por aqui. Por um tempo, estava tudo normal, vínhamos treinando, mas nas últimas semanas entramos em quarentena, ficando em casa. Tenho ficado com minha família, faço alguns treinamentos, brinco com meus filhos, toco meus instrumentos, jogo videogame. Vamos procurando ocupar o tempo da melhor maneira, até que tudo isso passe".

"No momento, o que nos parece é que mesmo esta volta aos treinos será prorrogada. Vamos aguardar e ver as determinações dos próximos dias", previu o jogador que vivia começo de temporada interessante dentro de campo.

Em 2020, foram dois gols e uma assistência em quatro jogos na nova equipe. Leandro foi emprestado pelo Kashima Antlers ao FC Tokyo. O jogador valorizou a qualidade dos jogadores que tem chegado para disputar a J-League, a primeira divisão japonesa.

"Aqui realmente está em um nível muito bom. Além de muitos japoneses de qualidade, também tem um nível excelente de estrangeiros, tanto brasileiros quanto de outros países. Vemos atletas como Iniesta, por exemplo, aqui. Tivemos também o Fernando Torres. Já ganharam tudo vieram para o Japão, ainda atuando em alto nível. Além de brasileiros, como Jô, Leandro Damião, Serginho, Marcos Júnior, Edigar Junior, Léo Silva, Bueno, Gabriel Xavier, Erick, Dankler, entre outros".

Em Tóquio, Leandro faz um balanço de sua passagem no Japão até o momento: "Este primeiro ano realmente foi muito bom, mas acabamos perdendo o título da J-League nas últimas rodadas. Os outros dois anos conseguimos títulos importantes, disputamos o Mundial, mas acabei com este problema de lesão no joelho, que me atrapalhou. Mas consegui me recuperar, dei a volta por cima e hoje me sinto muito bem e pronto para fazer uma grande temporada, em um novo desafio".

Grêmio, Palmeiras e chega à seleção: o início de carreira
Em 2013, Leandro foi emprestado pelo Grêmio ao Palmeiras. O jovem atraía os olhares desde as categorias de base. Participou em sua formação das seleções sub-17 e 20, e disputou o Torneio de Toulon, famoso pelas revelações que passam por lá.

"Fico muito feliz pela minha passagem no Grêmio e no Palmeiras. No Grêmio foi onde tudo começou como profissional, onde tive minhas primeiras oportunidades. Tive a felicidade de trabalhar com o Renato, que depois voltou ao clube e ganhou tudo. Foi um grande início. Depois, fui emprestado ao Palmeiras, fiz um grande ano lá, certamente um dos melhores da minha carreira, e acabei sendo comprado. No ano seguinte, não só eu, mas o time todo não foi bem. Não foi algo isolado, mas como o meu primeiro ano tinha sido muito bom, acabei recebendo algumas críticas. Mas soube lidar bem com isso, até porque muito disso tudo aconteceu por conta de dois problemas que tive no pé e não pude nem sequer atuar".

No Palmeiras, a temporada de 2013 foi marcante. Artilheiro do time, que estava na Série B, com 19 gols ano, chegou na seleção brasileira principal e marcou com a amarelinha. Em 2014, comprado em definitivo pelo clube, seu desempenho não foi o mesmo, o que gerou críticas da torcida.

"Sou tranquilo para lidar com este tipo de pressão, tanto que, em 2013, com 19, 20 anos, fui o artilheiro da equipe no ano e, inclusive, cheguei à Seleção Brasileira. Na sequência, como disse, o time mesmo acabou caindo também, tive problemas com lesões, e isso me atrapalhou. Mas as lembranças do clube são as melhores possíveis".

O jogador evitou fazer projeções mais sólidas de futuro e permanência no Japão, no entanto.

"Este já é meu quarto ano seguido aqui. Foram três no Kashima Antlers e agora este primeiro no Tokyo FC. Estou muito bem adaptado ao futebol e ao país. Mas ainda sou muito jovem para dizer que vou ficar o resto da carreira aqui ou em qualquer outro lugar. É difícil fazer este tipo de projeção, mas aqui é um futebol que me adaptei bem e um país também maravilhoso. Tenho mais um ano de contrato com o Kashima e estou emprestado até o fim do ano, então só no decorrer da temporada para saber o que vai acontecer".
Fonte: ESPN